Imagem Verdadeira ou JISSO ?
Deus chamado DISSO <JISSÔ?>
                                                                        
Okito Fugiwara

 

     Nos primórdios do movimento de divulgação da Seicho-No-Ie em idioma português no Brasil, certa vez num seminário geral fui indagado por um brasileiro: “... como é esse Deus de Vocês da SNI que se chama de DISSO...” Ele se referia a “JISSÔ”.

     Eu me lembro também, quando falava desse tema, surgiam brincadeiras dizendo:

-  Afinal é “DISSO” mesmo?

-  Se DISSO é padroeira da SNI, não seria melhor chamá-la de Nossa Sra. do DISSÔ?

 

     No Brasil, quando iniciamos a divulgação em idioma Português da ‘filosofia Seicho-No-Ie’ (assim chamada na época), no início dos anos de 1960, devido ao nosso desconhecimento, não soubemos traduzir e adaptar corretamente determinadas expressões do idioma Japonês, e foram mantidas muitas terminologias e expressões conforme eram pronunciadas no original.  

     Também àquela época, não existia ainda quase nenhuma publicação em Português, para aqueles que não entendiam o Japonês, e sendo ainda a maioria absoluta de adeptos de origem japonesa e descendentes, foram adotados os mesmos procedimentos e rituais como eram praticados no Japão.
    Por exemplo:
    --- A reverencia ao quadro escrito “JISSÔ” (procedimento Xintoísta)
    --- Missa de 49º dia de falecimento (conforme a prática budista)
    --- e, mais outros, muito dos procedimentos esses herdados e praticados ainda hoje.
 

     Contudo, o Supremo Presidente Prof. Masanobu Taniguchi tem nos orientado no sentido de evitar a pratica de tais costumes, observando a adequação da forma de divulgação do Ensinamento às Pessoas-Local-Tempo. (Referencia: o seu artigo “As diversidades da vida”). <<Aqui cabe ainda mais uma observação importante: o título deste artigo no original em japonês é “As Diversidades da Grande Vida” – e não simplesmente As Diversidades da vida, como foi traduzido, pois, vida sem qualificação, é uma expressão comum, mas ‘Grande Vida’ reforça a idéia da superioridade expressa na própria Vida de Deus>>. 
 

     Precisamos esclarecer que o quadro escrito em japonês “JISSÔ” e reverencia a este quadro não faz parte do ensinamento da Seicho-No-Ie. Na verdade, observando os fatos históricos aprendemos que estes rituais foram  impostos pelo governo japonês para autorizar o funcionamento da entidade chamada ‘Seicho-No-Ie’. (Pag. 59 do Manual didático dos Preletores, “GUDO TO DENDO NO TAMENI”). 
 

     Não faz sentido adotar estes procedimentos no Brasil, porque sem a devida adequação às PESSOAS (respeitando os costumes brasileiros) – LUGAR (no nosso caso Brasil) e ATUALIDADE, os rituais xintoístas e palavras ininteligíveis  passaram a ser um tabu, de fé cega e motivo de discussões  infindáveis e desnecessárias.
 

     Nos países da América do Norte e em alguns da Europa, após uma decisão da Sede Internacional, desde 1994, além de não mais se fazer reverencias ao quadro do JISSO, existe uma orientação expressa de colocar a tradução junto com o quadro, no idioma local, para que todos possam entender o verdadeiro significado do que está ali escrito, ou seja, IMAGEM VERDADEIRA.
 

     Um acontecimento pitoresco havido na Academia de Nova York, que testemunhei pessoalmente, quando era diretor responsável desta Academia, foi quando apresentei, na Diretoria da Sede Internacional, os procedimentos onde havia incluído a reverencia ao quadro do JISSO. Foi quando o então Supremo Presidente Prof. Seicho Taniguchi me chamou a atenção perguntando “se eu queria que os americanos ficassem se curvando diante de uma escrita que eles não lêem e nem entendem?”. E acrescentou ainda “isso vai passar a ser um fanatismo e não terá resultado positivo, nem conseguirá divulgar a Seicho-No-Ie  de maneira devida”. 
 

     O que mais me admira são as discrepâncias que ainda existem nos dias de hoje, quanto à uniformização de procedimentos entre diferentes órgãos de divulgação da Seicho-No-Ie, no Brasil mais especificamente. Fiquei surpreso ao tomar conhecimento que há entidades ou organizações, diferenciando-se da maioria, continuar insistindo em manter terminologias em japonês, mesmo que já tenha sido adotada e padronizada oficialmente a devida divulgação para o Português.

     Exemplo: manter no Brasil o uso da palavra ‘JISSO’ em idioma japonês, alegando que só desta maneira concretizaria a salvação através dos ensinamentos da Seicho-No-Ie neste país, e afirmar tal como foi orientado pelo iniciador, Sagrado Mestre Masaharu Taniguchi?????
     Esta atitude demonstra o quanto, muito dos menos informados ou dissidentes da Seicho-No-Ie que se consideram seguidores puros do Sagrado Mestre Masaharu Taniguchi, são fanáticos, utilizam argumentos irracionais, ou, os que estão seguindo, por desconhecimento, a uma orientação equivocada. Ora, se consideram autênticos seguidores e praticantes dos ensinamentos da Seicho-No-Ie, conforme nos tem orientado o Sagrado Mestre Masaharu Taniguchi, Sagrado Prof. Seicho Taniguchi e atual Supremo Presidente Prof. Masanobu Taniguchi, deveriam demonstrar e fazerem acontecer exatamente conforme eles nos ensinam. Se não fizerem isso podemos dizer, sem exagero, de que estão contrariando o fundamento dos ensinamentos, bem como transmitindo conteúdos errados. São de veras os AMT (anti-Masaharu-Taniguchi), <aemeteístas>.
 

     Esclareço melhor - o iniciador dos ensinamentos da Seicho-No-Ie, Sagrado Mestre Masaharu Taniguchi, ainda quando exercia a função de Supremo Presidente, deixou em manuscrito, com afirmação incontestável de que a palavra ‘Jisso’ em japonês é uma expressão comum e nada de especial, portanto quando traduzir para um idioma ocidental deve ser com embasamento no inglês “True Image”. Com isso as traduções para demais idiomas devem se basear nesta expressão, em inglês.

     A prova disto é que uma copia deste manuscrito, feito pelo próprio punho do Sagrado Mestre Masaharu Taniguchi, está guardada nos arquivos da Sede Internacional e do Brasil.
 

     Com este esclarecimento incontestável que ora estou apresentando, conclamo adeptos e seguidores fiéis dos ensinamentos da Seicho-No-Ie a estudar e praticar na sua essência verdadeira dos ensinamentos, e não se contentar com interpretações lacônicas de que fazem o uso alguns “aemeteístas”.


     Fica a critério de cada líder, dirigente e orientador tirar as suas próprias conclusões.
Só repeti as palavras do próprio Sagrado Mestre Masaharu Taniguchi, deixadas por escrito.
      Reverências e Muito Obrigado!

NOTA:
    
Não é necessário frisar de que, aqueles que conseguem contra-argumentar às escritas deixadas pelo Sagrado Mestre Masaharu Taniguchi, ou são mais inteligentes ou mais iluminados do que ele.

     Nova York, 15 de Maio de 2009 (Publicação original)
     São Paulo, 23 de Novembro de 2012 (com atualização)

 
Veja uma foto do
JISSO
       
  Pátio do ' Templo JISSÔ-IN '    Kyoto, Japão 

Fonte: Calendário da "Jeol" de 2009, mês Abril